Paris:
O mês passado foi o maio mais quente já registrado e o 12º mês consecutivo de calor histórico na Terra, anunciou o monitor climático da UE na quarta-feira.
É o mais recente sinal de alerta num ano já atingido por extremos climáticos e pelo aumento das emissões de gases com efeito de estufa, estimulando novos apelos a uma ação mais rápida para limitar o aquecimento global.
“A temperatura média global dos últimos 12 meses (junho de 2023 a maio de 2024) é a mais alta já registrada… e 1,63 graus Celsius acima da média pré-industrial de 1850-1900”, disse o monitor da UE Copernicus, referindo-se ao período anterior. as emissões de gases de efeito estufa causadas pelo homem começaram a aquecer o planeta.
Copérnico fez o anúncio numa publicação coordenada com a Organização Meteorológica Mundial (OMM) e num discurso do secretário-geral da ONU, António Guterres, em Nova Iorque, no qual apelou à proibição da publicidade aos combustíveis fósseis.
Em maio, a temperatura média global ficou 1,52°C acima da média pré-industrial.
Maio também foi o 11º mês consecutivo desde julho de 2023 com temperatura igual ou superior a 1,5ºC em comparação com a era pré-industrial, disse Copernicus.
Isto não significa que o limite de aquecimento de 1,5ºC acordado pelos líderes mundiais em Paris em 2015 tenha sido violado – isso é medido em décadas e não em anos individuais.
O fenômeno climático natural El Nino, que aumenta as temperaturas globais e acentuou os efeitos do aquecimento global no ano passado, “mostra sinais de fim”, disse a OMM na segunda-feira.
O ciclo oposto, La Nina, que reduz as temperaturas globais, deverá começar ainda este ano, segundo a OMM.
Mas os cientistas alertaram que o efeito de arrefecimento pode ser minúsculo em comparação com o efeito do aquecimento global causado pelo homem, que já é responsável pelo aumento da temperatura global em pelo menos 1,2ºC desde o final do século XIX.
(Exceto a manchete, esta história não foi editada pela equipe da NDTV e é publicada a partir de um feed distribuído.)